sábado, 18 de maio de 2013

Coimbra - Mesa Redonda sobre Guerra na Guiné


O grupo História e Memória do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra promove Mesa Redonda sobre "40 anos dos 3 G's da Guerra na Guiné", a 23 de Maio de 2013, às 14 horas, na Casa Municipal da Cultura em Coimbra.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Artigo: Histórias da guerra em África contadas na primeira pessoa nas Gaeiras


«Cerca de 40 homens das Gaeiras combateram em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, entre os anos 1961 e 1975. Alguns deles partilharam as suas histórias da Guerra Colonial no passado dia 7 de Abril, nas Gaeiras, no âmbito da exposição “Ultramar – Dever ou Obrigação?”, organizada pelo Jovens Voluntários de Gaeiras (JVG) .

Durante mais de duas horas ouviram-se relatos de quem esteve no confronto, sofreu sequelas e perdeu amigos,  mas conseguiu sobreviver a uma guerra que no total originou cerca de 8300 mortos e 140 mil traumatizados. José Pereira regressou da Guiné para a sua terra natal, Gaeiras, a 15 de Agosto de 1965. Era dia de feira nas Caldas e o jovem militar quis ir conviver e reencontrar velhos amigos. No entanto, quando se aproximou da parte dos divertimentos e ouviu tiros, atirou-se imediatamente para o chão obedecendo ao seu instinto de resposta a uma emboscada. Traumas de guerra, como o deste ex-combatente, foram partilhados por outros homens, que viveram a sua juventude na guerra em África e trouxeram marcas para toda a vida.»

segunda-feira, 25 de março de 2013

Guerra colonial deu mais anos de vida ao Estado Novo | Lusomonitor

Por Iris de Lucas: «Se não tivesse existido guerra colonial, o regime salazarista teria durado menos 13 ou 14 anos. Para André Gonçalves Pereira, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, apesar de não ser possível verificar a veracidade do seu ponto de vista, o apoio que o Estado detinha da Igreja Católica e das Forças Armadas foram fundamentais para a sua manutenção do regime.


Regressar ao 3º mundo, entrar na órbita comunista ou voltar-se para a Europa foram as três alternativas que teve Portugal após a queda do seu império, de acordo com André Gonçalves Pereira, conferencista no seminário organizado esta semana pelo Instituto Diplomático com o tema “As alternativas ao Império”.

Gonçalves Pereira associou diversas vezes a palavra “colonial” àquilo que se pode chamar de bem-estar português. O regime colonial, disse, era forte e isso é indiscutível pois possuía o apoio de duas forças prementes na alta sociedade e na sociedade civil: a Igreja Católica e as Forças Armadas.


“A guerra colonial acrescentou mais 13 ou 14 anos ao regime salazarista.” Para o ex-chefe da diplomacia portuguesa, Salazar teria caído mais cedo se não tivesse existido guerra colonial, apesar de admitir que esta é uma afirmação indemonstrável e “baseada em ses”. A opinião do académico é justificada com a afirmação de que que as duas bases de sustentação do regime (a Igreja e as Forças Armadas) começam a entrar em desacordo com o governo a partir dos anos 50 e “em ’58 com o episódio que resultou na morte do General Humberto Delgado essas dissidências alargam-se”, afirmou.


Para Gonçalves Pereira, “não vale a pena procurar ou tentar encontrar outras soluções antes do 25 de Abril para a colónias do Ultramar. Era impossível no tempo de Salazar porque ele não queria e no tempo de Marcello Caetano não queria que se desse no tempo dele porque receava uma reacção activa como um golpe de Estado militar de direita, o que é curioso porque veio a ser vítima de um golpe militar de esquerda.»

Ler restante artigo aqui: Guerra colonial deu mais anos de vida ao Estado Novo | Lusomonitor