Confesso, tive coragem e poupei
Quem me coube um dia por inimigo.
Quando perdi a coragem, matei
Quem só partilhava o medo comigo.
Amor, quando aos teus os meus olhos escondo
E o cacimbo de África que os turvou,
Ao apelo da mata eterna respondo
Ou talvez ao que de mim lá ficou.
Meu amor, a lucidez é que enlouquece,
Tal como a luz cega e o som ensurdece.
Ouves a voz dos caídos que diz
Que inocentes só os que a morte redime?
Vêm reclamar vingança pelo meu crime
Despudorado de querer ser feliz.
Manuel Bastos
(Colaborador do FORUM#IGNARA)
Autor do blogue: http://cacimbo.blogspot.com
quarta-feira, 12 de março de 2008
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